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Mistérios e Assombros da Imbiribeira


O nome Imbiribeira vem de uma árvore da família dasmyrtaceas - a imbiriba. Nome indígena que indicava local com grande quantidade daquela espécie. o primeiro registro desse nome apareceu em carta relatando serviços de combate contra os holandeses em 1650.


Na localidade existia a Estância da Barreta, desmembrado virou sítio, depois Estrada e por fim só Barreta. O desmembramento começou a ser feito após a expulsão dos flamengos, daí imperando então o nome que conhecemos hoje. Como sempre, uma parte então passa para as mãos da igreja da ordem Jesuíta que montou capela, senzala, plantações e tinha até feitor.


Suas histórias macabras começam então em 1852, quando em um sítio chamado Piranga (grande, começava em Afogados e terminava na Imbiribeira) a srª Maria de Albuquerque Maranhão, assiste ao assassinato da sua própria filha. Assassinato esse ordenado por ela, executado pelo seu escravo e por conta de ciúmes. A senhora Maria Maranhão teve como pena decretada a prisão perpétua, que cumpriu em prisão em Fernando de Noronha sempre em companhia deste mesmo escravo. Morreu ela lá em 1883.


Curiosidade: Sabe quem morou neste mesmo sítio 6 anos depois? Carneiro Vilela, autor da Emparedada da Rua Nova. Aliás, mesmo local que veio a ser dele em herança e onde casou e faleceu. As assombrações alegadas sobre este caso, inspirou-o a escrever “os Mistérios do Recife” em 1875.


Em 22 de Novembro de 1893, à 2 h da madrugada, cinco marinheiros marchavam em direção a sua execução. De mãos amarradas para trás, eram escoltados por fuzileiros em direção ao Paiol de Pólvoras onde seriam executados em fuzilamento. Ao raiar do dia viram sua vala comum sendo cavada e pouco mais tarde foram postos lado a lado para receberem seu tiro no peito. Por garantia e misericórdia, receberam também um tiro no ouvido e lá foram enterrados. Em 1894, era a vez do sargento Silvino de Macedo receber a mesma ordem. Sm cerimônia e sem ritual, por ordem do Marechal Floriano Peixoto, pela acusação de participação na Revolta da Armada (ambos os casos).


Os moradores disseram que o bairro virou maldito desde então, cessando a maldição em 1901, quando os marinheiros foram exumados e abençoados em enterro digno na Igreja de Nossa Senhora da Paz em Afogados.


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